Ansiedade no trabalho e a NR-1 atualizada

Você já sentiu que o peso das responsabilidades, prazos apertados e cobranças constantes no ambiente profissional está afetando sua saúde emocional?

A ansiedade no trabalho é uma realidade cada vez mais presente nas empresas. Um problema silencioso, mas que impacta diretamente a produtividade, as relações interpessoais e o bem-estar dos profissionais. Com o crescimento expressivo dos casos, o Ministério do Trabalho precisou adotar novas posturas.

A resposta veio com a atualização da NR-1, publicada em 2024 e com vigência a partir de 26 de maio de 2025. A nova versão da norma amplia a visão sobre saúde e segurança no trabalho, incorporando de forma clara os riscos psicossociais, ou seja, aqueles ligados à saúde mental dos trabalhadores.

Neste artigo, você vai entender:

  • o que caracteriza a ansiedade no trabalho e como ela se manifesta no dia a dia;
  • a conexão entre ansiedade e esgotamento emocional;
  • e o que muda, com a NR-1 atualizada, na forma como as empresas devem lidar com os riscos psicossociais.

Ansiedade no trabalho: um mal silencioso

A ansiedade é uma reação natural do nosso corpo diante de situações desafiadoras. Porém, quando ela se torna constante, intensa e começa a interferir no desempenho profissional e na qualidade de vida, é hora de acender o alerta.

A ansiedade no trabalho se manifesta de diversas formas: dificuldade de concentração, sensação de alerta permanente, insegurança, insônia, tensão muscular, taquicardia, entre outros sintomas físicos e emocionais. Em muitos casos, esses sinais não se restringem ao horário comercial, eles invadem os momentos de descanso e impactam a vida pessoal do colaborador.

E essa realidade está cada vez mais evidente. Segundo dados do Ministério da Previdência Social, em 2024, cerca de 472 mil pedidos de afastamento por transtornos mentais foram concedidos pelo INSS, um salto de 68% em comparação com o ano anterior. Muitos desses casos começam com episódios de ansiedade mal compreendidos ou negligenciados.

Burnout: quando o limite é ultrapassado

Se a ansiedade constante não for tratada, ela pode evoluir para a Síndrome de Burnout, também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional. Diferente do estresse pontual, o Burnout é o acúmulo de tensão emocional e física, geralmente causado por ambientes de trabalho hostis, sobrecarga e falta de reconhecimento.

Os sintomas são abrangentes e debilitantes: cansaço extremo, dores no corpo, irritabilidade, alterações de apetite e sono, dificuldade de concentração, isolamento social e um sentimento contínuo de fracasso ou inutilidade.

A identificação e o tratamento precoce são essenciais. Psicólogos e psiquiatras são os profissionais mais indicados para conduzir esse processo, que pode incluir acompanhamento terapêutico e, em alguns casos, o uso de medicação.  

NR-1 atualizada: o que muda?

Diante desse cenário, o Ministério do Trabalho promoveu uma mudança importante ao atualizar a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que estabelece as diretrizes gerais de Segurança e Saúde no Trabalho (SST).

A nova versão da NR-1, que entra em vigor em maio de 2025, amplia o escopo da fiscalização e exige que as empresas incluam os riscos psicossociais, como o estresse crônico, a sobrecarga emocional e os conflitos interpessoais no seu Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

Essa mudança representa um novo olhar sobre o ambiente de trabalho. A prevenção deixa de focar apenas em acidentes físicos e passa a considerar também os fatores que afetam o bem-estar mental dos trabalhadores.

Entre os principais pontos que passam a ser fiscalizados estão:

  • Metas abusivas e jornadas excessivas;
  • Assédio moral e conflitos interpessoais;
  • Falta de suporte emocional e ausência de autonomia;
  • Condições precárias de trabalho.

Outro avanço importante é a exigência de escuta ativa dos trabalhadores durante a análise de riscos e a implementação de medidas preventivas reais, não apenas documentos ou discursos.

💡 Sua empresa está preparada para essa transformação?

Como sua empresa deve agir

Diante das novas exigências da NR-1, é fundamental que as empresas se preparem para oferecer um ambiente de trabalho mais saudável, seguro e acolhedor. Isso significa revisar processos, capacitar lideranças, ouvir os colaboradores e implementar políticas que vão além do discurso.

Nesse contexto, o Grupo Ocupacional é o parceiro ideal para conduzir essa jornada. Com uma equipe multidisciplinar e foco em soluções personalizadas, o Grupo oferece:

Cuidar da saúde mental dos colaboradores é um investimento direto em produtividade, clima organizacional e sustentabilidade da empresa.

Quando o cuidado vira estratégia

A atualização da NR-1 marca um novo capítulo na forma como as organizações devem enxergar a saúde no trabalho. Em um mercado cada vez mais competitivo e exigente, cuidar do bem-estar mental da equipe é uma necessidade estratégica.

Ansiedade no trabalho e Burnout são reflexos de culturas corporativas desumanizadas, onde metas inalcançáveis e a falta de apoio corroem a motivação e a saúde de quem constrói os resultados da empresa.

O momento pede uma nova postura: mais escuta, mais empatia, mais responsabilidade. Investir em segurança emocional é, hoje, uma das formas mais inteligentes de garantir crescimento sustentável e equipes engajadas.

🔎 Quer saber por onde começar?

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