Sinais de estresse no trabalho

Fatores internos e externos interferem no bem-estar dos colaboradores e podem afetar a forma como eles se relacionam com a empresa.

Por passarmos tantas horas do dia vivendo o trabalho, é normal que as coisas que ocorrem nessa jornada sejam levadas para as outras esferas da vida. Não por acaso, ele pode ser um dos fatores determinantes para o desenvolvimento de várias doenças e distúrbios mentais. E muito disso está ligado ao estresse.

Como explicam as psicólogas Maria Angélica Sadir e Marilda Lipp no artigo As fonte de stress no trabalho, ele é uma reação psicofisiológica do organismo “que ocorre frente a situações que o amedrontam, excitam ou  o façam feliz”. Ou seja, é algo que ocorre normalmente no dia a dia, mas que em excesso pode causar um desgaste físico e/ou mental, que prejudica o desempenho e as atividades diárias. Isso gera desconfortos, cansaço constante e diminuição do ritmo e da produtividade, podendo desencadear problemas de saúde, emocionais e interpessoais.

No âmbito ocupacional, as pesquisadoras definem o estresse com ênfase nos fatores que excedem a capacidade de enfrentamento do indivíduo ou nas respostas fisiológicas, psicológicas e comportamentais aos fatores estressores – como as condições de trabalho (fatores externos) e as exigências físicas e mentais (fatores internos).

“As situações estressantes representam para o trabalhador menor satisfação no trabalho, maior tensão e baixa autoestima”, explicam as psicólogas. Trabalhar com pessoas desorganizadas e sem preparo, falta de cooperação dos colegas para a realização das tarefas, dificuldade das atividades e excesso de demandas são apenas alguns dos fatores que afetam diretamente nisso.

Leia também: Burnout – A exaustão causada pelo trabalho

Apesar disso, é preciso ter em mente que a percepção do estresse é subjetiva. O mesmo fator estressor pode ser percebido de forma diferente e outra intensidade por indivíduos distintos. Entre esses principais fatores no ambiente ocupacional, estão:

  • Papel do colaborador: ambiguidade, sobrecarga ou subutilização contribuem para aumentar o estresse ocupacional. Cabe à empresa avaliar a atuação de cada funcionário para alocá-lo de forma correta e aproveitar o maior potencial que ele oferece.
  • Efeito da liderança: a influência do líder e os comportamentos diante dos subordinados também são fontes estressoras. Pessoas com perfil mais autoritário e autocrático, desacostumadas com uma cultura de feedback e reconhecimento, tendem a ter mais problemas de estresse em suas equipes.
  • Relações de trabalho: a forma como as pessoas se relacionam tem consequências diretas para o estresse ocupacional. O ser humano tem a necessidade de aceitação e reconhecimento, por isso é importante manter um clima organizacional saudável para todos.
  • Clima organizacional: as características intrínsecas da empresa – como política de tomada de decisões, abertura para comunicação, justiça organizacional e centralização das ações – têm impacto nos trabalhadores e podem ser fatores estressantes.
  • Condições físicas: trabalhar em um local com muito barulho, calor ou frio intensos, falta de privacidade ou outros fatores que afetam a percepção dos trabalhadores também afetam negativamente a saúde mental dos funcionários.

Sintomas do estresse

A forma como o corpo reage frente a situações estressantes pode variar bastante e se agravar com o decorrer do tempo. Isso pode gerar até consequências severas para a saúde física e mental, sendo importante saber detectar as causas para se prevenir.

Ele pode ser causado tanto por fatores externos – como as questões ocupacionais, problemas financeiros, mudanças de vida ou questões familiares – quanto por fatores internos – ansiedade generalizada, pessimismo, expectativas irreais e falta de flexibilidade, por exemplo. Esses fatores podem gerar uma série de sintomas para o corpo e para a mente, como:

  • Cansaço físico e/ou mental constante;
  • Falta de concentração;
  • Dores musculares ou em partes específicas do corpo;
  • Perda de memória;
  • Apatia;
  • Ansiedade e preocupação excessiva;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Tonturas e náuseas;
  • Alterações no humor frequentes;
  • Irritabilidade;
  • Agitação psicomotora;
  • Perda do desejo sexual;
  • Alterações no apetite;
  • Queda de cabelo;
  • Perturbações do sono (excesso ou insônia);
  • Aparecimento de tiques nervosos;
  • Alterações no ciclo menstrual;
  • Herpes e alergias nervosas;
  • Transpiração em excesso;
  • Sentimento de sobrecarga;
  • Solidão e desejo de isolamento;
  • Tristeza constante;
  • Negligência de compromissos;
  • Abuso do uso de café, álcool, tabaco, remédios ou drogas ilícitas.

Como dito anteriormente, cada pessoa poderá apresentar um sintoma diferente, dependendo da situação vivida. A intensidade e as causas variam bastante, sendo necessário buscar um profissional para o correto diagnóstico e estar disposto a fazer mudanças no estilo de vida para ter resultados efetivos no tratamento.

Só assim é possível lidar melhor com a situação e evitar que ela evolua, por exemplo, para um caso de Burnout, uma situação limite que leva a pessoa à exaustão e à despersonalização, com consequências sérias para o rendimento no trabalho e nas relações pessoais. É um assunto sério e que precisa ser combatido pelas empresas, com ações efetivas para evitar o adoecimento e garantir o bem-estar de seus colaboradores.

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