Dores nas costas e problemas de coluna fazem com que gastos ortopédicos sejam maiores que tratamentos de câncer. Essa foi a conclusão de um estudo realizado pela Advance Medical Brasil, uma consultoria especializada em gestão de saúde. Foram ouvidos mais de 180 mil profissionais de grandes empresas, como Renault, Hospital Sírio-libanês e Google, que apontaram as doenças mais comuns em suas rotinas.
Em uma entrevista para a revista Exame, o CEO da Advance Medical no Brasil, Caio Soares atribui o resultado aos baixos investimentos em ergonomia no ambiente de trabalho. A falta de atividades físicas também surge como um agravante desta situação, sendo que muitos problemas poderiam ser evitados e tratados com exercícios ou fisioterapia.
Veja quais são as 10 especialidades mais procuradas pelos profissionais pesquisados:
Especialidade | Porcentagem | Doenças mais comuns |
Ortopedia | 18% | Dor nas costas, cirurgia de coluna cervical e lombar, dor no joelho |
Oncologia | 15% | Tumores de mama, próstata e pulmão |
Endocrinologia | 12% | Doenças da tireóide, da glândula supra renal e técnicas para emagrecimento |
Neurologia | 11% | Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson, síndromes neurológicas raras |
Reumatologia | 7% | Lúpus eritomatoso sistêmico, gota, esclerose lateral amiotrófica |
Hematologia | 5% | Anemias e linfomas |
Gastroenterologia | 5% | Colites, tumores intestinais, sangramentos digestivos |
Urologia | 4% | Doenças da próstata, distúrbios de ereção, doenças do testículo |
Doenças infecciosas | 4% | Pneumonias, zika, dengue |
Oftalmologia | 3% | Catarata, cirurgias refrativas, descolamento de retina |
Top 20
Outra pesquisa, desta vez realizada pela operadora de saúde Omint, no primeiro semestre de 2014, mapeou como estava a saúde de cerca de 20 mil executivos e listou as vinte doenças mais comuns no mundo corporativo.
A campeã de incidências é a rinite, estimulada pela poluição do ar nas grandes cidades e pelas altas temperaturas. Alergias de pele vêm logo em seguida, com a ansiedade fechando o pódio. Ansiedade, aliás, que merece destaque por influenciar negativamente as outras. Dores no corpo, insônias, excesso de peso e pressão alta são apenas algumas das doenças agravadas por ela.
Apesar disso, alguns resultados mostram uma evolução. A hipertensão, por exemplo, caiu de 10% em 2009 para 8,28% em 2014. Os indicadores de diabetes seguem estáveis ao longo dos anos, atingindo 1,92% dos trabalhadores.
Confira quais foram as 20 doenças mais citadas pelos executivos na pesquisa realizada pela Omint:
Doenças | Percentual dos executivos |
Rinite | 30,60% |
Alergias de pele | 20,62% |
Ansiedade | 18,66% |
Excesso de peso | 18,07% |
Dor de cabeça frequente | 17,74% |
Dor no pescoço ou ombros | 16,37% |
Problemas de visão | 15,19% |
Asma/Bronquite | 13,08% |
Insônia | 10,00% |
Pressão alta | 8,28% |
Dor nos braços/mãos | 8,13% |
Dor crônica nas costas | 7,76% |
Depressão | 6,76% |
Tireóide | 4,00% |
Gastrite crônica | 3,51% |
Diabetes | 1,92% |
Úlcera | 1,50% |
Audição | 1,40% |
Artrose ou artrite | 1,00% |
Osteoporose | 0,20% |