Com o programa de vacinação avançando pelo país, as empresas ainda devem ficar atentas aos cuidados que devem ser seguidos por todos os funcionários.
Com a expansão do Programa de Imunização Nacional contra a Covid-19, mais pessoas têm sido imunizadas no país. Para atingir uma maior segurança em todo o território nacional, porém, é preciso entender como as vacinas funcionam e, principalmente, o que deve ser feito após a imunização. Para os programas de Segurança e Saúde do Trabalho das empresas, entender esses detalhes será essencial para garantir o bem-estar dos empregados.
De modo geral, até que se atinja a chamada imunidade de rebanho, será preciso manter todos os protocolos de segurança vigentes atualmente, pois ainda há riscos. Para explicar melhor como isso funciona, separamos as perguntas mais comuns sobre o tema, com as explicações dos órgãos de saúde mais recentes.
1. Quem teve Covid-19 pode se vacinar?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), a proteção concedida pela doença, também chamada de imunidade natural, pode variar de pessoa para pessoa. Por se tratar de um vírus novo, não há evidências conclusivas até o momento. Como há possibilidade de reinfecção, a vacinação é recomendada independentemente do histórico médico. Para vacinar, porém, é preciso aguardar um completo reestabelecimento e um mínimo de quatro semanas após o início dos sintomas ou do primeiro resultado positivo no exame de RT-PCR.
2. O que significa a porcentagem de eficácia das vacinas?
A porcentagem de eficácia de cada vacina corresponde à capacidade que ela possui em prevenir determinada doença. A Coronavac, por exemplo, possui 50,4% de eficácia geral – levando em consideração todos os níveis de gravidade da doença. Isso significa que uma pessoa que tenha tomado as duas doses tem 50,4% menos risco de se infectar do que alguém que ainda não tenha se vacinado.
Ou seja, isso não significa que alguém vacinado tenha 49,6% de se contaminar com o vírus. Essa é uma comparação com quem não foi vacinado, que não leva em consideração as imunidades naturais e outros fatores que diminuam a contaminação. A mesma coisa ocorre com a vacina da Pfizer/BioNTech, que possui 95% de eficácia. São valores obtidos após rigorosos estudos clínicos, com regras internacionais e respeitadas nos meios científicos.
3. Quem tomou a vacina pode pegar ou transmitir a Covid-19?
Como a eficácia da vacina não é de 100%, quem foi imunizado ainda corre risco de contrair a doença. A boa notícia é que a eficácia para casos que necessitam de internação e até mesmo para casos de média gravidade é altíssima. Dessa forma, quem tomar as duas doses recomendadas tem grande probabilidade de apresentar apenas os sintomas leves da Covid ou nem apresentar os sintomas. Porém a pessoa ainda pode transmiti-la, embora a carga viral presente no corpo seja muito menor.
4. Quanto tempo demora até a vacina fazer efeito?
Como as vacinas desencadeiam uma resposta de defesa no organismo, esse processo precisa ficar gravado no sistema imunológico para barrar novas entradas dos vírus nas células. Isso leva um tempo, que varia de acordo com o tipo de imunizante, a faixa etária e outros aspectos individuais. No caso da Coronavac, por exemplo, estudos produzidos pelo Butantan indicam que o aprendizado do sistema imunológico pode se estender até duas semanas após a aplicação da segunda dose.
5. Por quanto tempo a vacina funciona?
Ainda não há um estudo preciso sobre esse assunto, pois a vacinação em massa começou a ser realizada há poucos meses. É preciso aguardar os resultados desse primeiro grupo para que haja uma resposta definitiva sobre o tema, mas, por enquanto, não há recomendação para reforço na vacinação após um período específico – como ocorre com a gripe, por exemplo.
6. Podemos parar de usar máscaras após a vacinação?
Nenhuma vacina produzida no mundo garante imunidade total ao organismo e, por isso, o vírus pode continuar contaminando até mesmo quem está imunizado. Como o índice de vacinação no Brasil ainda é baixo, a chance de quem tomou a vacina encontrar o vírus, desenvolver a doença e transmiti-la a quem ainda não foi protegido é alta. Por isso, mesmo quem tomou as duas doses recomendadas ainda deve seguir todos os protocolos de segurança: distanciamento social, máscaras e higienização das mãos.
“Só poderemos deixar esses costumes para trás quando houver uma contenção de casos, que é atingida pela imunidade de rebanho — que, por sua vez, só é alcançada por meio da vacina. Isso ainda vai demorar um pouco. A máscara previne não só contra Covid-19, mas contra outras doenças respiratórias. É algo que chegou para ficar, que vai ser incorporado à nossa cultura”, diz Joana Darc Gonçalves, infectologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), de Brasília, em entrevista para o Correio Braziliense.
7. Pode tomar outra vacina junto com a Covid, como a da gripe?
Não. A recomendação atual é respeitar um intervalo mínimo de 14 dias (antes e depois) para administração das vacinas. Se isso ocorrer por engano, a secretaria de saúde do município deve ser comunicada, pois se trata de um erro do sistema que precisa ser monitorado. Isso pode ser alterado caso dados futuros demonstrem outras indicações de segurança.
Imunização garantida
Para mais informações sobre o assunto, consulte o perguntas e respostas produzido pela SBIM, que possui questões extras a respeito do período anterior à vacina, da eficácia e dos grupos de risco. Como as recomendações podem mudar a qualquer momento em decorrência de novos estudos, a recomendação é sempre buscar os órgãos oficiais de saúde para se informar. Evite desinformação!
Para entender como prevenir a Covid-19 na sua empresa, entre em contato com a gente pelo botão abaixo.