Profissional atua para garantir a segurança, o bem-estar coletivo e a diminuição dos casos de transtornos mentais na equipe.
Para estruturar um programa de Segurança e Saúde do Trabalho que, na prática, seja efetivo, as empresas devem se preocupar com todos os aspectos que contribuem para o bem-estar dos colaboradores. Isso vai muito além de aspectos técnicos e legais, sendo necessário entender como questões subjetivas e a complexidade das relações humanas podem afetar as condições laborais e a segurança de todos. É justamente nesses pontos que o psicólogo ocupacional atua.
O estudo Análise e classificação dos fatores humanos nos acidentes industriais aponta que, em geral, os acidentes de trabalho são causados por falhas humanas e cerca de 95% devido a atos inseguros. Ao mesmo tempo, os autores questionam esse número e a culpabilização da vítima nesses casos. Mas uma coisa é certa, quando a empresa disponibiliza todas as condições técnicas e cuida do bem-estar físico e mental dos funcionários, esses números diminuem.
É por isso que, mesmo que a atual legislação brasileira não exija a presença de um psicólogo nas equipes de SST, as empresas já têm percebido as vantagens. Esses profissionais atuam desde o momento da seleção até o desligamento do funcionário, contribuindo com questões cotidianas para garantir o bem-estar das pessoas.
Além disso, os transtornos mentais são a terceira maior causa de afastamentos no país – cerca de 9% dos auxílios-doença e aposentadorias por invalidez gerados entre 2012 e 2016, atrás apenas de lesões/envenenamentos (31%) e doenças do sistema osteomuscular (19%). Isso gera consequências negativas para empregado e empregador, o que mostra a importância do psicólogo para trabalhar questões ligadas à saúde mental dos trabalhadores.
Benefícios da psicologia ocupacional
Como é impossível separar o fator humano do ato laboral, é preciso entender a fundo essas questões para, assim, garantir o bem-estar coletivo. Ao não observar esses pontos, o psicológico dos colaboradores é afetado, com impacto direto nas relações pessoais e na ocorrência de acidentes em decorrência da fadiga física e mental.
Mas quando a pessoa possui uma boa qualidade de vida e boas condições físicas e psíquicas, ela rende melhor e dedica mais atenção às atividades realizadas – evitando acidentes. Além disso, o trabalho de um psicólogo ocupacional contribui para:
- Identificação de características psicológicas que podem impactar determinadas atividades;
- Aumento da conscientização dos funcionários sobre os riscos envolvidos;
- Melhoria do clima organização e criação de uma cultura de prevenção;
- Estímulo aos relacionamentos interpessoais;
- Detecção mais rápida dos problemas de segurança;
- Maior reconhecimento dos trabalhadores, maior satisfação e estabilidade;
- Intervenções adequadas para evitar a queda do bem-estar coletivo;
- Diminuição do índice de absenteísmo e presenteísmo;
- Redução dos custos com afastamentos médicos;
- Aumento da produtividade das equipes;
- Redução do índice de desligamento.
Leia também: Sinais de estresse no trabalho
Avaliação psicossocial
O papel do psicólogo ocupacional tem ainda mais importância para atividades que submetem o trabalhador a condições extremas, que podem ameaçar a vida em caso de erros de diagnóstico. De acordo com as normas regulamentadoras, algumas profissões exigem a realização de uma avaliação psicossocial.
Na monografia intitulada O papel do psicólogo na avaliação psicossocial, a psicóloga Cristiane Gargioni Barreto define a ferramenta como “o processo pelo qual se fará a observação, análise e descrição do perfil dos trabalhadores atuais e do quanto essas pessoas atendem ou não aos requisitos normativos prescritos legalmente”. Pessoas que atuam em espaços confinados ou em altura, por exemplo, precisam passar por uma criteriosa avaliação médica e psicológica, pois vertigens, dispneias, claustrofobia e convulsões podem gerar consequências graves ou serem fatais nesses casos.
Mas não é só isso que a avaliação psicossocial leva em consideração. O psicólogo avalia os aspectos clínicos, sociais e laborais que fazem parte da rotina do indivíduo. São considerados fatores individuais e subjetivos, que, de acordo com Cristiane, levam em consideração as seguintes questões:
- Fatores genéticos;
- Experiências passadas;
- Condições de vida;
- Comportamento humano;
- Capacidade de lidar com o estresse e enfrentar obstáculos;
- Ambiente de trabalho;
- Relação com os colegas.
Para isso, o psicólogo utiliza uma série de conhecimentos e ferramentas técnicas para entender o indivíduo como um todo e verificar como ele responde a situações inesperadas, além de testes mais específicos para verificar pontos ligados a atenção, memória e inteligência. Assim é possível avaliar como o trabalhador se portará diante de um risco ocupacional e, de fato, prevenir acidentes.
Psicologia ocupacional com quem entende
A presença ou o apoio de um psicólogo na equipe de SST não contribui apenas para a melhoria do bem-estar dos trabalhadores, mas também traz confiança para as relações ocupacionais e afeta até mesmo os indicadores da empresa. Para isso, é necessário estruturar um programa de Segurança e Saúde do Trabalho que leve isso em consideração
O Grupo Ocupacional possui mais de 30 anos de experiência para ajudar sua empresa a crescer. Faça contato com a gente e veja como podemos te ajudar!