Ergonomia x Bem-estar dos trabalhadores

Para que qualquer atividade seja bem executada, a empresa não pode se preocupar apenas com o conhecimento técnico dos colaboradores e com os equipamentos utilizados. A relação das pessoas com o ambiente de trabalho também é fundamental nessa equação, pois o bem-estar está diretamente ligado à produtividade e à queda no número de acidentes. E tudo isso é preocupação da Ergonomia.

Apesar de não haver uma definição formal, a Ergonomia é, em linhas gerais, a ciência que se dedica a estudar a relação do ser humano com o ambiente laboral, de modo a torná-lo mais confortável e funcional. Oferece aos indivíduos as condições e os métodos adequados para prevenção de acidentes e de patologias tradicionalmente ligadas às atividades realizadas, com uma análise profunda e individual do ambiente para levantar os pontos de melhoria em cada caso.

Os primeiros estudos na área surgiram na década de 1940, quando se buscava entender a complexidade das situações de trabalho e a multiplicidade de fatores que as compunham. O foco estava no trabalho humano e as interações com o contexto social e tecnológico da época, tentando entender as exigências dos empregados. Mas isso mudou um pouco com o passar dos anos.

De acordo com o estudo As transformações do trabalho e desafios teórico-metodológicos da Ergonomia, produzido na Universidade de Brasília, a ergonomia se sustenta hoje em dois pilares. No comportamental, as variáveis são percebidas pela análise do comportamento. Já no subjetivo há uma busca para qualificar e validar os resultados. “A Ergonomia incorpora, na base do seu arcabouço teórico, um conjunto de conhecimentos científicos oriundos de várias áreas (Antropometria, Fisiologia, Psicologia e Sociologia, entre outras) e os aplica com vistas às transformações do trabalho”, explicam as pesquisadoras.

Para isso, elas consideram três eixos como critérios de avaliação do trabalho: segurança; eficiência; e bem-estar dos trabalhadores. São levadas em consideração as condições de trabalho, as características dos empregados, os elementos do ambiente e como estes são apresentados e percebidos pelos operadores. “Nesta abordagem, o trabalhador é o sujeito ativo do processo, pois a depender da situação com a qual é confrontado, ele transforma permanentemente a sua atividade, como forma de responder às demandas que se apresentam.”

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Norma Regulamentadora 17

Para definir os parâmetros utilizados na adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, existe a Norma Regulamentadora 17 (NR 17). Publicada em 8 de junho de 1978 pelo extinto Ministério do Trabalho (atual Secretaria do Trabalho, do Ministério da Economia), inclui aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, além de pontos sobre mobiliário, equipamento e condições ambientais dos postos de trabalho.

Na NR 17 é possível encontrar, por exemplo, questões ligadas a tempo, ritmo e aspectos operacionais, além de regras de iluminação, de altura da cadeira e até mesmo uma legislação específica para quem atua com telemarketing. “Em cada atividade, a organização precisa focar nas especificidades e criar um planejamento capaz de abarcar todos os departamentos da empresa”, conta o diretor-médico da empresa Rhmed, Geraldo Bachelga, em entrevista para o blog Segs.

Mas para que essas ações sejam efetivas, é preciso fazer uma avaliação detalhada do ambiente laboral. A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) precisa ser realizada por todas as empresas que contratam funcionários para a realização de trabalhos físicos e manuais ou que causem sobrecarga muscular. É necessário contar com o apoio de um profissional especializado em ergonomia, oriundo de áreas como Fisioterapia, Medicina, Engenharia de Segurança, Engenharia Mecânica e Educação Física.

Geraldo explica que, para avaliar a adaptação das condições do meio às características dos colaboradores, o recomendado é realizar vistorias técnicas periódicas “a fim de formar parâmetros para adaptação das condições de trabalho dos colaboradores, oferecendo o máximo de conforto, eficiência e segurança do trabalho”. Assim é possível, por exemplo, prevenir o surgimento das doenças ocupacionais mais comuns, como os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort), as dorsalgias (dores nas costas) e as varizes e tromboses nos membros inferiores.

Por que se preocupar com a ergonomia dos móveis do escritório?

Por isso é tão importante se preocupar com a ergonomia dentro do ambiente de trabalho. Essas ações não eliminam totalmente os riscos e problemas que podem surgir decorrente das atividades realizadas, mas fazem parte de um planejamento maior para prevenir o surgimento de doenças ocupacionais. E as empresas precisam ficar atentas, pois é uma exigência cada vez mais presente dos funcionários e essencial para garantir o bem-estar e um bom clima organizacional.

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