Os dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho indicam que 2018 foi o ano com o menor índice de acidentes de trabalho com óbito desde o início da série histórica, em 2002. São 2.022 casos registrados, que mantêm a queda observada desde 2014 – quando ocorreram 2.819 mortes, valor 28% superior ao atual. Apesar dos números soarem animadores, os casos ainda preocupam: equivalem a 5,5 mortes por dia ou uma a cada quatro horas.
Além disso, esses números podem ser superiores em 2019. O rompimento da barragem de rejeitos minerais do Córrego do Feijão, em Brumadinho, foi o maior acidente de trabalho da história do Brasil e deixou cerca de 300 pessoas mortas ou desaparecidas. O número de acidentes sem vítimas também aumentou em 2018, com 623.786 ocorrências – 13,5% acima de 2017, o que indica que a prevenção não está sendo feita como deveria.
Acidentes pelo país
Graças à Lei de Acesso à Informação, o site Repórter Brasil teve acesso a relatórios de auditores fiscais do trabalho com as causas de mais de 200 acidentes no país. São choques, afogamentos, explosões, quedas, dentre outros motivos. Não há distinção do tipo de serviço ou da profissão, todos estão vulneráveis. Em comum, porém, há o desrespeito às Normas Regulamentadoras.
Foi o caso, por exemplo, dos três mortos em 2015 após a explosão de uma caldeira, em uma fábrica de doces na cidade de Tabuleiro do Norte, no Ceará – a máquina foi fabricada em 1965 e nunca havia sido vistoriada. Ou do trabalhador que foi retirar um pedaço de argila em uma esteira, mas ela voltou a funcionar e ele foi triturado vivo. Nesse caso, foram descumpridas 23 regras somente na NR 12, que determina como deve ser a segurança em máquinas e equipamentos. Confira a matéria na íntegra.
Consequências do descumprimento
As Normas Regulamentadoras existem por um motivo: são fatores de prevenção. Se não forem seguidas, podem gerar acidentes como os relatados acima e levar os trabalhadores à morte. Por isso, os pontos da legislação são todos fiscalizados, em ações coordenadas pela Secretária do Trabalho. O órgão é responsável por verificar se as regras estão sendo respeitadas e aplicar as sanções necessárias nos casos de descumprimento. Elas variam desde ações reclamatórias e ações civis públicas até o pagamento de multas e despesas com tratamentos médicos.
Principais causas de acidentes
Além de trazer dados sobre o número de acidentes, o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho também reúne informações para embasar políticas públicas e ações internas nas empresas. Frequência das notificações, gastos do governo com indenizações e, principalmente, o perfil dos acidentes são apenas alguns dos indicadores mensurados.
Entre 2012 e 2018, cerca 380 mil acidentes foram registrados em atividades de atendimento hospitalar (9% do total), seguido por supermercados (4%), administração pública (3%), construção de edifícios (3%) e transporte de cargas (3%). Quando se fala nas lesões mais frequentes, cortes e lacerações ocupam o topo da lista (21%), acompanhadas por fraturas (17%), contusões (16%) e distensões (9%).
Apenas por essa pequena amostra é possível ver quais áreas devem ser priorizadas em ações de SST. Mas os dados do Observatório também mostram que máquinas e equipamentos são os principais grupos causadores de acidentes, que os casos ocorrem principalmente às terças-feiras e os homens são os que mais se acidentam. Confira todos os dados aqui.
Ações de SST eficientes
Prevenir acidentes é algo que toda empresa deve se preocupar. Para que isso seja feito com qualidade, não adianta apenas observar a legislação: é preciso contar com o apoio de quem entende do assunto. A Ocupacional possui quase 30 anos no mercado de Segurança e Saúde do Trabalho e está pronta para analisar sua empresa e oferecer as melhores soluções na área de SST. Solicite uma proposta e veja como podemos te ajudar!