Se os colaboradores da sua empresa costumam se queixar de dores nas costas, saiba que esse problema, infelizmente, está cada vez mais comum. De acordo com o último ranking divulgado pela Previdência Social, em 2017, a dorsalgia foi a principal responsável pela concessão de auxílios-doença naquele ano, com 83.763 casos registrados. Além disso, foi a quinta colocada no ranking de auxílios-doença acidentários, atrás apenas das fraturas na mão, perna, pé e antebraço.
Além disso, um estudo realizado pelo Hospital das Clínicas de São Paulo indicou que 40% dos brasileiros tem dores nas costas em alguma escala. De acordo com a médica do Centro de Dor do hospital, Lin Tchia Yeng, as causas mais comuns são posturas incorretas, excesso de peso e movimentos não anatômicos. “Principalmente em jovens, abaixo de 45 anos, essa é a principal causa de afastamento. A pessoa na fase ativa da vida, de repente, está com dor nas costas e não consegue trabalhar”, diz.
Por isso, as empresas precisam ter em mente a importância de se criar ambiente ergonômicos para os trabalhadores, tornando os espaços mais confortáveis e funcionais às atividades realizadas. Essas regras de ergonomia podem ser encontradas na Norma Regulamentadora 17 (NR17), que visa “estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores”.
Mas para além de ser uma obrigação legal, promover ações preventivas elimina os riscos que afetam a saúde do trabalhador e estimula o bem-estar de todos. Isso tem um impacto positivo na produtividade dos colaboradores e no sentimento de pertença, pois mostra que a empresa realmente se preocupa com eles. Isso faz com que o custo-benefício seja alto, minimizando as despesas com possíveis indenizações no futuro – além de cuidar da saúde dos funcionários.
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Como prevenir?
Ao mesmo tempo em que as dores nas costas estão associadas ao envelhecimento do corpo e ao desgaste natural da coluna, elas também estão diretamente ligadas à má postura no trabalho. Em entrevista para a Exame, o auditor-fiscal do Trabalho Jeferson Seidler afirma que as atividades manuais de cargas e as funções em que o trabalhador permanece por longos períodos na mesma posição são as principais responsáveis pelo problema.
São os casos, por exemplo, de entregadores de correspondência, motoristas, trabalhadores da área hospitalar e da construção civil, além de empregados de fábricas e de frigoríficos. “O problema geralmente tem origem muscular ou nos ligamentos, mas as hérnias de disco intervertebral também têm impacto importante”, diz o auditor.
As empresas têm papel fundamental para prevenção desse tipo de dor. As ações mais comuns envolvem a promoção de atividades físicas durante o expediente. Ginásticas laborais, pausas programadas na jornada de trabalho e exercícios leves para movimentar o corpo são algumas das estratégias mais comuns. Além disso, cabe à empresa adaptar o ambiente para que os colaboradores não sofram com problemas ergonômicos – desde a regulação da altura dos monitores até a adaptação de processos que antes exigiam que o trabalhador ficasse na mesma posição por muito tempo.
Mas os trabalhadores também podem contribuir para evitar as dores nas costas. Atitudes simples no dia a dia contribuem para minimizar o problema:
1. Pratique exercícios físicos com frequência. Tenha foco no aquecimento e no fortalecimento muscular para evitar lesões na coluna.
2. Não fume. A exposição à fumaça do cigarro é um grande fator de risco, dificultando a irrigação dos vasos sanguíneos e causando má nutrição dos discos – o que agrava os casos de hérnias.
3. Utilize os EPIs da maneira correta. Todos os equipamentos foram testados e, se são indicados para a atividade, é porque há uma boa razão para isso. São eles que vão evitar riscos, que podem resultar em danos irreversíveis.
4. Mantenha o peso sob controle. Estar com uns quilos prejudica a postura, o que traz impactos diretos para a coluna. Mantenha uma alimentação balanceada e alie aos exercícios físicos para evitar complicações no futuro.
5. Faça pausas. Às vezes o trabalho exige que fiquemos na mesma posição por bastante tempo, mas é necessário parar de tempo em tempos e se movimentar. Assim você mantém seus músculos em atividade e evita possíveis complicações.
6. Siga os procedimentos indicados. Se há uma forma correta de levantar peso, utilize-a. Se há uma melhor posição no computador, respeite-a. Só assim suas costas serão menos agredidas ao fim da atividade.
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Após tudo que mostramos neste post, esperamos que tenha ficado claros os motivos de se investir na melhoria dos ambientes de trabalho. Seja com programas de ginástica laboral ou com incentivos para que as pessoas saiam da frente dos computadores, o importante é minimizar os riscos envolvidos. E se você precisa de auxílio com a escolha do método mais adequado à sua realidade, consulte a Ocupacional. Nossa equipe está capacitada para oferecer as melhores soluções, sempre pensando no seu negócio e adaptando ao que a legislação exige. Faça já um orçamento!
