9 dicas para uma boa gestão de SST

Cerca de 2,3 milhões de pessoas morrem e outras 300 milhões ficam feridas por ano em acidentes de trabalho. Os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) assustam, mas são um alerta para o quão importante é se preocupar com a gestão de SST (saúde e segurança do trabalho) dentro de qualquer organização.

Até mesmo porque, na prática, muitos empresários ainda enxergam isso apenas como um gasto desnecessário. Mas implementar um bom sistema de prevenção de acidentes é, na verdade, um investimento. Há ganhos na redução de acidentes, no menor custo de produção, na melhoria do clima organizacional e até mesmo na valorização da imagem corporativa frente aos mais diversos públicos.

Para te ajudar a montar uma boa gestão de SST, reunimos nove dicas que podem ser aplicadas em qualquer contexto. A ideia é mostrar que, independentemente do porte da sua companhia, é possível criar ações para mostrar sua real preocupação com a legislação e, principalmente, com o bem-estar dos funcionários.

1. Profissionais qualificados

Uma boa gestão de Saúde e Segurança do Trabalho começa com profissionais capacitados para realizar esse serviço. Médicos, enfermeiros, engenheiros e técnicos em segurança do trabalho qualificados são peças fundamentais para entender o contexto e desenhar a melhor estratégia para minimizar os riscos presentes.

2. Integração de dados

Para criar ações efetivas, é preciso ter todas as informações necessárias. Isso só é possível com uma integração total dos dados das mais diferentes áreas. Recursos Humanos, Compras, Comunicação e Produção, por exemplo, devem manter um relacionamento próximo para administrar os documentos e canalizar os esforços para ações que atinjam os principais riscos que a empresa enfrenta.

3. Conscientização dos trabalhadores

De nada adianta ter um ótimo programa de Saúde e Segurança do Trabalho se os seus funcionários não sabem como ele funciona. E por mais que eles entendam a importância das regras, é preciso sempre reforçar quais são elas. Para isso, a realização de treinamentos e a formalização de processos são necessidades básicas. São essas ferramentas que reforçarão a importância de cada ação, desde o uso dos EPIs até as regras em casos de emergência.

4. Estudos constantes sobre a legislação

Para que as empresas garantam a integridade de seus funcionários, a legislação brasileira estabelece uma série de regras a serem seguidas. As 37 Normas Regulamentadoras, criadas pelo governo federal, estabelecem quais são os parâmetros mínimos e as punições caso eles não sejam cumpridos. É nas NRs, por exemplo, que estão detalhados o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Como se trata de um assunto com muitos melindres e em constante atualização, é preciso estar atento a cada um dos detalhes. Entender como a legislação funciona é a chave para que sua empresa não sofra sanções e os trabalhadores possam usufruir de um ambiente com o mínimo de riscos.

5. Controle de riscos

Este talvez seja um dos pontos mais importantes dentro de toda a estratégia de Saúde e Segurança. Fazer uma análise detalhada do ambiente de trabalho ajuda a descobrir todos os riscos presentes, o que possibilita a criação de ações para minimizá-los. Existem diversos programas na legislação que preveem esse controle, como o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT – típico da construção civil) e o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP).

Vale lembrar que um bom controle dos riscos pode até mesmo reduzir os valores do Fator Acidentário de Prevenção (FAP). Para mais informações sobre esse assunto, baixe nosso ebook gratuito.

6. Proteção dos trabalhadores

Quando se fala em proteção dos trabalhadores, a legislação prevê uma hierarquia a ser seguida. Na Norma Regulamentadora 9 (NR 9) fica bem claro que as medidas de proteção coletiva devem preceder qualquer ação individual – acionada somente em último caso. A empresa deve, primeiro, se preocupar em eliminar fisicamente a fonte de risco. Caso não seja possível, é preciso substituir essa fonte, isolar as pessoas ou até mesmo alterar a forma de trabalho para que ninguém tenham contato com esse risco. Apenas no fim, caso não tenha mais jeito, é que entram os equipamentos de proteção individual.

7. Atenção com os equipamentos

Se a atividade exigir o uso de EPIs, a empresa é responsável por garantir a integridade dos equipamentos e a compra de novos – quando for necessário. Além disso, grande parte das Normas Regulamentadoras traz detalhes sobre como deve ser feita a inspeção desses materiais. É o caso, por exemplo, da NR 35, que estabelece as regras para trabalhos em altura. A lei determina a vistoria de sistemas de ancoragem, com o registro dos resultados e a inutilização do equipamento, caso ele seja rejeitado.

8. Cuidado com toda a equipe

A segurança do trabalho não é algo a ser desenvolvimento individualmente: a prevenção é coletiva. Todos os funcionários devem orientar e fiscalizar os colegas, pois um descuido pode causar a perda de muitas vidas. Isso faz parte de uma cultura empresarial voltada para a segurança, em que todos se sentem responsáveis para que ela ocorra.

9. Realização de exames periódicos

Os médicos do trabalho são especialistas em notar pequenos sinais, às vezes imperceptíveis, que podem levar a graves doenças ocupacionais. A partir da ocupação e rotina do empregado, podem detectar se a dor nas costas é por um levantamento de peso irregular ou se a dor no pulso vem de um esforço repetitivo, por exemplo.

Por isso é tão importante que todos realizem os exames periódicos obrigatórios, que vão desde o momento da admissão até o desligamento. Diagnosticar problemas de saúde ainda nos primeiros sintomas pode melhorar, e muito, a vida dos funcionários, além de diminuir o absenteísmo e evitar as complicações decorrentes de um acidente de trabalho.

Consultoria qualificada

Como mostramos, a gestão das ações de Saúde e Segurança do Trabalho é algo que deve ser feito com atenção, respeitando a legislação e o contexto da empresa. Para entender melhor como esses pontos se adequam à sua companhia, que tal fazer um orçamento com a Ocupacional? Nossos profissionais são qualificados para atender as mais diferentes demandas e mostrar as reais possibilidades de melhoria para o seu negócio. Não perca tempo e solicite já uma proposta!

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