Para manter os bons funcionários em sua empresa, não basta fornecer um bom salário. É preciso ir além, com investimentos no bem-estar e na qualidade de vida dessas pessoas. As ações voltadas para melhorar a ergonomia são uma das mais eficientes, pois fornecem o conforto necessário para que as atividades sejam realizadas sem riscos para os empregados. E uma das principais ferramentas para garantir isso é a Avaliação Ergonômica do Trabalho (AET).
Esse procedimento está previsto na Norma Regulamentadora 17 (NR 17) e determina que deve ser feita uma avaliação do nível de adaptação das condições laborais às características psicofisiológicas dos trabalhadores. Também é na NR 17 que são estabelecidos os parâmetros mínimos a serem seguidos pelas empresas em diversas áreas, até mesmo determinando a umidade relativa do ar e o índice de temperatura em locais de trabalho que exigem solicitação intelectual e atenção constantes.
A AET precisa ser realizada por todas as empresas que contratam funcionários para a realização de trabalhos físicos e manuais ou que causem sobrecarga muscular. Para isso, é necessário contar com o apoio de um profissional especializado em ergonomia. Embora a legislação não deixe claro quem deve assinar a avaliação, é mais comum aceitar o documento vindo de pessoas com esse curso de especialização, oriundas de áreas como Fisioterapia, Medicina, Engenharia de Segurança, Engenharia Mecânica e Educação Física.
Consequências da ausência da avaliação
Empresas que não realizam a AET estão sujeitas a multas e ações dos funcionários por danos morais. Em fevereiro de 2018, o Bradesco foi condenado por esse motivo. O Sindicato dos Bancários de Bauru encaminhou uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho, indicando que o banco não estava emitindo as Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT) em casos de doenças ocupacionais.
Na ocasião, a juíza Ana Cláudia Pires Ferreira de Lima determinou que a empresa elaborasse a Avaliação Ergonômica do Trabalho em até 60 dias. Mesmo que não tenha se verificado riscos de acidentes, ela considerou que era possível haver o desencadeamento de um adoecimento coletivo e progressivo dos trabalhadores. Além disso, o Bradesco fora notificado outras vezes sobre esse mesmo problema, sem tomar atitudes para solucioná-lo. O valor da multa de dano moral coletivo foi de R$ 800 mil.
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Vantagens da AET
No artigo A importância da ergonomia dentro do ambiente de produção, os pesquisadores Marcelo Freitas e Luciano Minette, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), apontam que ela contribui para melhorar, de forma significativa, a eficiência e a qualidade das operações industriais. Dentre os benefícios estão a queda no absenteísmo, no desperdício de matéria-prima e na taxa de retrabalho, além de melhoras na qualidade de vida das pessoas, no sentimento de harmonia e nos índices de acidentes do trabalho.
O investimento em ergonomia, porém, é um ganho em longo prazo. Os efeitos não são sentidos de imediato, mas os resultados são significativos. Segundo o percursor da área no Brasil e autor do livro Ergonomia: projeto e produção, Itiro Lida, um trabalho de conscientização pode aumentar a produtividade em até 10%. “Em um caso de aplicação da ergonomia, verificou-se economia em 25% em manutenção e 36% de produtividade, em empresas do setor alimentício”, conta.
Ergonomia impacta produtividade dos trabalhadores
Ergonomia é na Ocupacional
As ações de ergonomia são, na verdade, um investimento para o futuro da sua empresa. A elaboração da AET é apenas uma das muitas ações que podem ser realizadas para melhorar o bem-estar dos trabalhadores. E se você precisa de auxílio com a escolha do método mais adequado à sua empresa, consulte a Ocupacional. Nossa equipe está pronta para oferecer as melhores soluções para seu negócio. Entre em contato com a gente!