Não há como fugir desse assunto. Desde que o novo coronavírus, também chamado de Covid-19, rompeu as fronteiras da China, muito tem sido dito sobre o assunto. Não é por menos. Até o dia 6 de março, o governo chinês havia confirmado 80.710 casos da doença e 3.045 mortes. Fora da China, a Organização Mundial de Saúde (OMS) relatou 148 pessoas faleceram na Itália, sendo 41 em um único dia – são mais de 3,8 mil casos confirmados no país. Sérvia, Peru, Vaticano e Camarões foram apenas alguns países que relataram casos pela primeira vez no dia 6.
O crescimento da doença pelo mundo fez aumentar o medo da população, intensificado pela confirmação dos primeiros casos da doença no Brasil – no dia 6 de março, foi confirmado o nono caso no país. Para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ainda não se trata de uma transmissão massiva no país. “A gente já tem alguns casos de transmissão em São Paulo, oriundos daquele paciente, mas não é transmissão comunitária ou sustentada, mas sinaliza que o vírus tem uma competência de transmissão. Confirmando o que a gente sempre disse: que a transmissibilidade é maior do que aqueles números da China, e com isso a letalidade é menor”, declarou o ministro.
Como a doença tem se espalhado pelo mundo inteiro, muitas notícias chegam a todo o momento. Nesse cenário, é preciso ficar atento às fake news. O nível de desinformação está tão alto que o Ministério da Saúde lançou um portal apenas para combater as notícias falsas sobre o assunto. Matérias como a cura do coronavírus por médicos tailandeses, o consumo de chá de abacate com hortelã e semelhança do vírus com o HIV são apenas algumas das inverdades que precisam ser combatidas diariamente pelo governo.
Pensando nisso, reunimos algumas informações de fontes oficiais e confiáveis para que você entenda melhor como o Covid-19 age e o que as empresas podem fazer para evitar a transmissão do vírus entre seus funcionários.
O que é o coronavírus?
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), coronavírus é a denominação dada para uma grande família viral, responsável por gerar infecções respiratórias em seres humanos e animais. O primeiro coronavírus humano foi isolado em 1937, mas foi só em 1965 que recebeu a atual denominação, graças ao formato de coroa.
Os sintomas geralmente são leves e semelhantes a um simples resfriado. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, A maioria das pessoas, inclusive, se infecta com algum coronavírus ao longo da vida – principalmente as crianças, com imunidade mais baixa. Os mais comuns são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1. Essas versões são relativamente seguras, mas algumas podem causar síndromes graves.
Foi o que ocorreu em 2002, na China. Uma doença conhecida como Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS) foi causada por um coronavírus associado à SARS (SARS-CoV). Ela se disseminou por mais de 12 países, em quatro continentes, infectando mais de 8 mil pessoas e matando cerca de 800. Desde 2004, porém, nenhum caso foi relatado mundialmente.
Em 2012, um coronavírus até então não identificado como agente de transmissão para humanos provocou mais uma onda de pânico global. Com os primeiros casos localizados na Arábia Saudita, a doença foi chamada de Middle East Respiratory Syndrome (MERS) e chegou a matar algumas centenas de pessoas, barrando viagens para países do Oriente Médio.
O Covid-19
Em dezembro de 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi alertada sobre a disseminação de uma nova cepa de coronavírus, que ainda não havia sido identificada em humanos. Os casos ocorreram na cidade chinesa de Wuhan e rapidamente se espalharam para outras cidades. Posteriormente, a doença começou a gerar diversas mortes e chegou a outros países, a ponto da OMS declarar que o surto constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
Os sintomas mais comuns são febre, tosse e dificuldade para respirar. Nos casos mais graves, a infecção causa pneumonia, síndrome respiratória aguda, insuficiência renal e até mesmo a morte dos pacientes. A transmissão é feita de pessoa para pessoa, após o contato com gotículas do nariz ou da boca provenientes de um espirro, por exemplo – como em uma gripe comum. A letalidade da doença, porém, é muito baixa. Na China, a porcentagem de mortes com relação ao número de infectados é de 3,5%. Fora do país é de apenas 1,5%. Os números são muito inferiores, por exemplo, à taxa de mortalidade do SARS (10,87%) e do H1N1 (23,20%).
Apesar disso, não há vacinas ou medicamentos antivirais para prevenir ou combater o Covid-19. Por isso, é preciso tratar os sintomas e evitar o contato com outras pessoas. Cientistas de todo o mundo já estão investigando possíveis tratamentos, mas ainda não há nada de concreto divulgado para a população.
Como as empresas podem prevenir a doença?
Por ser um espaço de bastante convivência entre os funcionários, as empresas também precisam tomar medidas de proteção contra o Covid-19. O Hospital Albert Einsten preparou um material muito completo sobre a doença e traz alguns pontos importantes a serem observados:
- Quem estiver com doença respiratória, fique em casa. As empresas podem incentivar que os colaboradores que apresentem sintomas semelhantes ao do Covid-19 fiquem em casa, para evitar contato com os colegas. Recomenda-se que a pessoa não vá trabalhar até estar livre dos sintomas por 48 horas, sem uso de medicamentos que alterem ou aliviem os sintomas. Nesse caso, vale até mesmo flexibilizar a política de entrega do atestado, para não sobrecarregar o sistema de saúde de forma desnecessária.
- Identifique casos suspeitos: se um trabalhador chegar com sintomas de doenças respiratórias agudas (como febre, tosse e falta de ar), ele precisa ser liberado do expediente para buscar ajuda imediatamente.
- Mantenha o ambiente limpo: é preciso conscientizar os colaboradores da importância da higienização – tanto do local de trabalho quanto do próprio corpo. Se for tossir ou espirar, cubra o nariz e a boca com o braço. Utilize álcool 60-95% ou água e sabão por pelo menos 20 segundos para lavar as mãos. Limpar as superfícies, como mesas e maçanetas, também é uma forma de se evitar o contágio interno.
- Cuidado com viagens: antes de enviar um funcionário para uma viagem – principalmente internacional –, confira a lista de países com alertas ou restrições divulgadas pelo Ministério da Saúde. Não há uma recomendação para cancelamento, Se o trabalhador adoecer durante a viagem, é preciso que ele comunique imediatamente aos superiores para receber as orientações adequadas.
- Ajude a manter a calma: em um momento com muita desinformação, é preciso orientar os colaboradores para que não entrem em um pânico desnecessário. Paineis informativos, palestras, comunicados internos. Tudo pode ser utilizado para que não haja desespero coletivo. E também vale lembrar que pessoas sem sintomas não precisam realizar exames.
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